Reis do felling

Esses dias tava conversando sobre sons com o Rogério (vulgo Roger - meu cunhado, brother e super chapa) e logo lembrei de uma bluseira incrível, daquelas que vai no âmago quando se está no fim da noite. A faixa era uma das últimas de uma bela coletânea dos Yardbirds que costumávamos ouvir, roger, Rodrigo (meu irmão) e eu, sempre no limiar que precedia o sono e que se reservava às boas conversas embriagadas. O início do som já dizia muito sobre essa hora da noite, afinal o que me lembrou a música foi fielmente aquela introdução com slides, que torçiam a espinha já bem flexível dos ouvintes, seguida da voz ecoante (daquelas de mitos do blues) lançando um timbre visceral e alcoolizado que se evaporava nos ares.

A saudade de ouvir novamente a música aliada à curiosidade de saber quem era o bluesman da voz tão marcante me motivou a pesquisar. Pesquisei pouco pois não lembro das palavras cantadas e desconheçia o nome da coletânea, ou seja, o título ainda é mistério; mas que poderá ser desvendado depois de uma breve conversa com o Roger.

A história é que não por não me lembrar bem do tal título no momento da pesquisa, tentei de cara uma que sabia que estava naquela coletânea, "
23 Hours Too Long" e constatei que essa foi gravada em parceria com uma outra lenda do blues, Sonny Boy Williamson, mais conhecido como Sonny Boy.
Pra mim, uma grande descoberta. Conhecer o "King of Harmonica" (Rei da Gaita) já em uma apresentação histórica foi bem bacana; deu uma boa elucidada de como na época do preto e branco haviam tanta riquezas musicais. Para quem não conhece, sinto me grato em apresentar "
Funeral and My Trial", gravada em 1963, na Bélgica para um programa de tv.




Seleta e felizarda platéia, rs.
Abraço!

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